Estou nua
Não tenho medo
Adoro morcegos desde sempre desde criança
Caminho na escuridão, não consigo enxergar nem meus pés
Tropeço com algo no chão e começo a cair e cair num buraco sem fundo
De repente alguém me segura
Não consigo enxergar nada, só sinto o calor do abraço de alguém, não enxergo o rostro, sinto a sua respiração, ansiosa, animal, desejável, primitiva, lobuna
Sua pele é macia, porém cheia de cicatrizes que parecem escamas.
Não fala, só respira forte.
Ese ser me coloca de costas, agora posso sentir o frio daquele lugar na minha bochecha encostada na pedra, os bicos do meus peitos ficam eretos.
Nas minhas costas pelo contrário só sinto calor humano
Me segura as mãos, me amarra, me beija o pescoço, as costas, me aperta, me acaricia os peitos delicadamente, me arrepio toda, ao mesmo tempo me esmaga com uma força animal, não consigo entender se quer me matar ou me amar. Isso me deixa muito excitada.
Meu cabelo está muito comprido e ele puxa forte dele.
Minha cabeça quase encosta na minha bunda.
Não tenho medo.
Tenho um tesão danado por ele.
Ele, ele? Ou ela?
Não sei...pouco me importa.
Desce até minha buceta, me lambe devagar, como se tivesse ficado anos presso ai nesse buraco sem experimentar um manjar delicioso.
Faz barulhos de quem está beijando com muito prazer.
Sua língua é macia.
Suas mãos ásperas.
Tudo é perfeito
Sigo amarrada.
Gozo já não sei quantas vezes, perco a noção do tempo, do lugar, quero ficar aí pra sempre.
Me tira da parede...
Me coloca no chão, em posição fetal, me abraça, me envolve com seus fortes braços, continua me beijando por trás, pescoço, orelhas, costas, braços, bunda, pernas...
Me penetra devagar.
Eu sofro de tanto prazer.
Quero morrer nesse instante.
Não preciso mais nada.
Ficamos horas, parecem dias...
Ese ser que me deixou louca de prazer decide me soltar.
Tira uma a uma as cordas que envolviam minha carne, minha alma.
Estico minhas pernas e braços como um gato.
Estou cansada.
Plena e muito curiosa.
Fico em pé.
Ficamos cara a cara.
O tempo para.
Enxergo seus olhos.
Cheios de dor.
Ele me beija.
Tão docemente sem tirar esse olhar de amêndoa de mim.
Era um homem.
Lindo.
Solitário.
Forte.
Selvagem.
Primitivo.
Não era meu
Mas eu queria ser dele pra sempre
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